Nos dias 09 e 10 de abril os alunos dos anos iniciais participaram da Hora do conto com a história Arca de Ninguém. Na oportunidade foram usadas imagens de animais do artista Romero Britto para ilustrar a história.
Conheça a história:
Arca de ninguém
(Mariana
Caltabiano)
Há
muitos e muitos anos, houve uma enorme enchente na Terra.
Um
homem chamado Noé construiu uma arca para salvar os animais.
Essa
história todo mundo conhece. O que ninguém sabe é que Noé teve muitos problemas
para convencer os bichos a entrar na arca. Eles não queriam se misturar.
Os
MACACOS queriam viajar na primeira classe, pois se achavam
mais espertos que os outros bichos.
Nenhum
bicho queria viajar com os PORCOS por causa do mau cheiro.
Os
ratos tinham medo dos GATOS e os gatos dos CACHORROS.
Ninguém
queria dormir com as galinhas, porque elas acordavam muito cedo.
Os
tigres achavam os LEÕES metidos por serem os
reis da selva.
As
girafas se sentiam superiores e não queriam baixar o nível para falar com os
outros.
O
mico leão-dourado era minoria e tinha mania de perseguição.
Os
pinguins estavam mais perdidos que cachorro em dia de mudança e eram os únicos
que vestiam casaca.
Todos
tinham raiva das hienas, que morriam de rir num momento daqueles.
As
ABELHAS achavam as formigas o fim da picada.
As
araras e os papagaios não se bicavam.
Os
animais não percebiam que o mundo ia acabar e eles continuavam discutindo.
Então,
Noé pediu a eles que parassem de agir como humanos e esquecessem suas
diferenças pelo menos naquele dia.
O
ELEFANTE disse que era impossível esquecer, por causa da
sua memória indiscutivelmente grande.
O
macaco, que é o bicho mais parecido com o homem, falou que aquilo era conversa
pra boi dormir e fez pouco caso da água que não parava de subir.
Só
que a água subiu, subiu e nem a CORUJA deu mais um pio.
Quando
os animais perceberam que não tinham saída, subiram todos na arca.
Lá
dentro, eles viram que conviver não era nenhum bicho de sete cabeças.
Afinal,
apesar das diferenças, estavam todos no mesmo barco, e ali ninguém era melhor
do que ninguém.