Durante esta semana ouvi muito falar de coelhinho, ovos de chocolate, casquinha... Mas que tal refletirmos e pararmos para pensar sobre o real sentido da Páscoa? A dica de leitura da biblioteca para este fim de semana é este artigo que eu li hoje no jornal e me pareceu perfeito!Gentilmente o autor, padre Magnos autorizou postá-lo no nosso Blog:
SEMANA SANTA
Iniciamos mais uma Semana Santa em nossas vidas. Para nós, cristãos católicos é um tempo especial porque celebramos o Mistério Pascal de Jesus
Cristo, centro de nossa fé e de nossa esperança, motivo de nossa vida religiosa
e fonte de nossa espiritualidade. A Semana Santa é um tempo propício para
meditarmos o modo como Jesus Cristo viveu sua vida na fidelidade incondicional
ao projeto divino. Uma meditação que não consiste em rezas e lembranças da Via
Crucis, mas em critério para avaliarmos se vivemos ou não na fidelidade ao
projeto divino.
A Semana Santa é um tempo especial, uma semana diferente, que nos coloca
em contato direto com a imagem da Cruz de Cristo e com a força da vida divina,
manifestada na Ressurreição do Senhor. O melhor modo para vivenciarmos a Semana
Santa é meditando e avaliando a vida com os critérios da Palavra de Deus.
A Semana Santa coloca-nos em contato direto com o sofrimento humano. Este
grande mistério existencial, que se tenta esconder ou minimizar hoje em dia. Apesar disso, o
sofrimento físico, o sofrimento psicológico, o sofrimento emocional e tantas
outras formas de sofrimento e de dor não abandonam a vida humana. Dito de modo
simples: o sofrimento faz parte da vida e pode levar-nos a fraquejar, pode
levar-nos ao medo. Jesus mesmo passou por esta experiência quando rezou ao Pai
pedindo que o cálice da dor fosse afastado, embora quisesse fazer a vontade do
Pai até o fim. A Semana Santa coloca-nos uma pergunta que orienta nossa vida
cristã, nossa vida religiosa e, principalmente, nossa espiritualidade: “quem somos nós diante da Cruz?”.
A Semana Santa tem início no
“Domingo de Ramos”, que é assim chamado porque celebra a entrada de Jesus em
Jerusalém, montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo
povo simples que o aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. Aquele
povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia há poucos dias e estava
maravilhado. As pessoas estavam certas de que Jesus era o Messias anunciado
pelos Profetas. Pensavam que ele fosse expulsar Pilatos e reimplantar o reinado
de Davi e Salomão em Israel.
A entrada solene de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de
suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que o homenageou motivada por
seus milagres, agora lhe vira as costas e muitos pedem a sua morte.
Jesus, que conhecia o coração dos
homens, não estava iludido. Dessa forma, o Domingo de Ramos é o início da
Semana que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O
povo acolheu Jesus saudando-o com ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos
significam a vitória. “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome
do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os Ramos santos nos fazem
lembrar que somos batizados, filhos de Deus e defensores da fé. Os Ramos
sagrados, que levamos para nossas casas após a Missa, lembram-nos que estamos
unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o
pecado e o cristianismo “light”, adaptado aos gostos e interesses pessoais.
Abençoada Semana Santa!
Pe. Magnos José Baron Caneppele,
scj
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