"Escrever é ser autor da própria história"

por

Professora Carla            

             A OLP tem como objetivo desenvolver práticas de leitura, produção e análise de textos. 

               Foi com esse intuito, também, que aderi ao programa "Escrevendo o Futuro".

       A Olimpíada de Língua Portuguesa é voltada aos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.

                São diferentes gêneros textuais para cada modalidade de ensino.

5º/6º Ano: Poesia

7º Ano/6ª Série/7ª Série: Memórias Literárias

8ª Série/1º Ano E.M. Crônica

2º /3º Ano do Ensino Médio: Artigo de Opinião

             São várias oficinas realizadas com todos os alunos, para então realizarem a produção textual. Em seguida inicia-se o processo de seleção. Seleciona-se um texto por turma para depois selecionarmos 1 texto por modalidade para representar a escola.

           Parabéns a todos os meus alunos pelas produções realizadas.

Conheça as produções que representaram nossa escola na final municipal:

                                                                     Gênero poesia: 

Aqui vivo, aqui sempre viverei!

Onde vivo tem muitas coisas,

Tem banco de sentar, tem banco de pagar,

Tem carro de passeio, tem carro de viajar.

Na minha cidade tem também

Pessoas muito respeitadas, por serem educadas.

Minha cidade não é grande, nem pequena,

Mas é bela e serena.

Nela há muita alegria e vida

Por sempre estar tão unida.

Na minha cidade há escolas

Uma delas é a que eu estudo,

Nela aprendo coisas diferentes

E por isso sou inteligente.

Fico imaginando sempre como seria

Se eu em outra cidade estaria,

Penso que poderia ser muito diferente,

Pois a minha tem vida e muitas pessoas contentes

O que nas outras nem sempre aconteceria.

Eu adoro minha cidade

E sempre a adorarei

E por isso nela sempre viverei.

                                                             Bruna Alexandra Rehbein 

Gênero Memórias:

Assim como o vento leva, as águas também levam!

                "Desde pequeno sempre ajudei meu pai na sua olaria, conhecida como "Cerâmica". Então, eu e meus irmãos, só podíamos jogar futebol e caçador nos finais de semana.

                Mas nunca deixei de ir à escola.  Caminhava oito quilômetros para chegar até lá, tinha aula com todos os alunos, de todas as idades, com um só professor, não existia professora. E não me esqueço, que o meu primeiro professor foi morto, pois naquela época era proibido falar alemão. E assim como ele, muitos morreram.

                Para nós, não existia telefone, televisão ou luz elétrica. Os professores sabiam de todas as notícias e assim nos contavam, e nós, contávamos para nossos pais.

                Naquela época era tudo rigoroso, mas respeitado. Só entrava num baile ou numa festa com roupa de passeio, que era casaco e gravata, e maiores de vinte e um anos ou com a companhia dos pais. O mesmo acontecia nos cultos e nas missas, em que os homens iam à igreja com roupas de passeio, mas sem chapéu.

                A liberdade era pouca. O namoro só acontecia com quem era da mesma religião e com maiores de idade. Difícil para quem era evangélico, como eu, pois a religião católica predominava.

                Eu, menino travesso, que fazia tudo o que não devia fazer, adorava quando as comemorações de Natal e Páscoa chegavam. Ah... Era uma alegria só! Ficava maravilhado, pois ganhava presente dos padrinhos!

                Com 12 anos saí com meus pais e irmãos de minha cidade natal, Lajeado, Rio Grande do Sul. Vim morar no noroeste do estado, Três Passos, para melhorar de vida.

                Casei-me e tive quatro filhos: duas moças e dois rapazes. O nascimento do primeiro filho foi uma festa!

                Sempre trabalhei fazendo tijolos. E na nova cidade não foi diferente. Tive a minha própria Olaria.

                E assim como o vento leva,  as águas também levam...

                Eu morava perto de um rio, o Lajeado Grande, onde possuía uma fábrica/indústria, de tijolos que eram fornecidos a toda comunidade e região. E quando era época de cheias, de chuva intensa, o rio transbordava. Assim acabava invadindo a olaria causando estragos, como destruição de tijolos crus, derrubando a própria estrutura dos galpões, levando muitas madeiras, telhas e lenhas em metros para a queima dos tijolos. Então, havia a necessidade de reconstruir tudo novamente.

                O mesmo acontecia quando tinha que fazer entregas na cidade. Passar por aquela ponte de madeira transbordando. Que dificuldade! Mandava então meus filhos na frente para apalpar as pranchas da ponte, ver se estavam todas no lugar. E íamos. Muitas vezes isso aconteceu. Também teve ocasiões em que as águas eram tão potentes/fortes que levavam parcialmente a ponte impossibilitando a passagem e o transporte."

                                                                                                                Karol de Rosso  Strasburger

Gênero Memórias: Vários se destacaram :
AS CORES DA INFÂNCIA

            Minha infância não foi cheia de cores, foi marcada por fatos que fizeram com que eu sentisse desde cedo à dureza da vida.

            Nasci em uma grande família, papai, mamãe e mais onze irmãos. Vivemos sempre em grande harmonia, trabalhávamos sempre juntos. Os afazeres sempre muito árduos, pois, desde cedo trabalhei na lavoura.

              Tive muitos sonhos, mas pelas dificuldades que enfrentava por morar distante de muitas oportunidades, muitos deles não consegui realizar. Mas meu maior sonho foi ir à escola, pois queria aprender a ler e a escrever. Tive essa oportunidade, de sentir o encanto das palavras. Mas, a saúde frágil de minha mãe, fez com que eu frequentasse a escola por apenas dois anos.

             Ainda muito pequena tive que fazer os trabalhos de casa e cuidar de meus irmãos menores por ser a menina mais velha da família.

            Como a escola de certa forma me foi negada tive que me acostumar com o que a vida me oferecia naquele lugar distante. Aprendi a gostar do que fazia e dediquei minha vida à minha família. Primeiramente, a meus pais e meus irmãos, depois, ao meu esposo e meus filhos, e hoje minha grande alegria, são meus netos.

            A vida, dia-a-dia nos ensina a valorizar o que temos e tornar tudo muito importante: alegrias, tristezas, sofrimentos, conquistas e realizações.

    

         ENTREVISTADA: Natalina Nadir Caneppele Selzler

TEXTO ESCRITO POR: Gabriela Selzler Hammes

Gênero Crônica

(aguardando a aluna me entregar)